quarta-feira, janeiro 31, 2007

Devaneio

Transportas um perfume que me contamina
Que me altera num breve suspirar,
Perturbas-me espontaneamente
Não somente na emoção
Mas também naquele que é o tom da minha fantasia
É audácia a palavra que impera neste sentir,
E só me resta voar
Na tal loucura que ainda está para medrar
Mesmo não sabendo onde se vai deter,
Contigo comedimento não perdura na razão
É ténue,
Treme como um cachopo amedrontado pelo ruído de um trovão
E perco-me naquela tua imensidão!


Autoria: Lúcio Balula Júnior

sexta-feira, janeiro 12, 2007

Solidão

Boa de sentir
esta solidão que me acompanha,
é bom recordar os outros
na interior serenidade,
reiterar o sentido social do ser
através do ordenamento das ideias,
organizar o arquétipo
pacificar o sono,
lá para as profundezas do descanso
onde se faz vigorar a força do viver.

Autoria: Lúcio Balula Júnior

sexta-feira, janeiro 05, 2007

Ano Novo

O ano novo chegou
mas continuo envolto numa velha roupa,
calorosa
aconchegante
uma velha conhecida
cheia de novos sonhos
que para alguns não passam de antigos sonhos
transportados numa razão
que ainda não teve concretização,
é bom sentir o mundo do passado
ainda que a cada momento,
uma mudança nos transforme,
nos enriqueça
mas que não nos leva aquilo que queremos viver.


Ass: Lúcio Balula Júnior