segunda-feira, dezembro 18, 2006

O regresso para o Natal

No natal
há sempre um frio quente,
há sempre uma vontade de regressar
de voltar aquele que é o nosso lar,
onde o calor supera sempre aquele frio gélido
e recorda sempre amizades passadas
que voltam a ser amizades presentes,
é a distancia
o futuro
e sobretudo as necessidades
que nos separam,
mas é também o frio que nos reencontra
pois a saudade é a mais gélida das recordações
ainda que lembrada com um sorrir,
um suspirar
bom até de sentir
mas que transforma o frio numa vontade de regressar!!!


Autoria: Lúcio Balula Júnior

quarta-feira, dezembro 13, 2006

A pintura

Seja cubismo
Surrealismo
ou abstraccionismo,
o que importa
é a emoção,
a emoção trazida pela paixão de alguém,
de alguém que sente o que é pintar
e transmitir aquilo que realmente gosta,
realidade
ou apenas imaginação,
por vezes pode até parecer secundário
mas não,
é apenas uma dissemelhança,
ou apenas realidade objectiva
que cativa o gosto pela forma,
aquilo que muito nos transforma
e liberta as mentalidades estéreo tipadas de um casulo,
intolerante
para com o seu semelhante
apenas porque ele é realmente diferente!!!

Autoria: Lúcio Balula Júnior

terça-feira, dezembro 05, 2006

O mar da perplexidade

Quando vejo o mar,
um barco a passar,
é costume lembrar-me
que é um passado que custa a passar,
chego mesmo a questionar
se algum dia esta vida vai acabar
ainda que ela esteja sempre em mudança

Há coisas que estão sempre a mudar,
falta compreender se esta nova maneira de ser
nos vai permitir continuar a viver

Desenvolvimento é célere
o viver está mais fácil,
mas ao mesmo tempo
é também mais simples destruir,
destruir aquilo que a natureza
tanto demorou a construir

Por um futuro digno para os que cá estão
respeito para com os que já lá vão
e certezas para os que lá vêm!!!


Autoria: Lúcio Balula Júnior

segunda-feira, dezembro 04, 2006

De olhos postos no chão

De olhos cerrados no chão
pelas ruas a navegar
olhando mesmo não olhando
sentindo,
e sofrendo a incerteza
percorrendo ruas de amargura
onde me entristece a falta de ternura,
fruto de incongruências
onde a medicação não é a cura
desta nova tendência
cuja origem desejo conhecer
e entender,
o que mais posso fazer
para mais e mais saber o que é viver
e não mais contrastar
com aquilo que entendes ser o nosso ser!
Por vezes não sei de que gostas
ou o que queres,
parece que não vejo
ou vejo,

e simplesmente esqueço aquilo que é o teu desejo!!!

Autoria: Lúcio Balula Júnior