quinta-feira, novembro 30, 2006

A corrente

O nosso querer flutua
navega pelas ondas do mar
como se de uma caravela se trata-se,
um novo rumo imana
a cada descoberta
ou redescoberta
transformada pelo clima da paixão
levado avante pelo que nos uniu
e ruma à deriva de uma sensação,
inquietante
culturalmente diferente
daquilo que muita gente sente,
infelizmente,
é insólito
mas não um propósito
apenas uma natural casualidade
cheia de verdade!!!


Autoria: Lúcio Balula Júnior

Sensações presentes

A audição é bela,
muitos deixam-se envolver
quando a harmonia
a cor
é a música,
e esquecem o futuro
em busca de um sentimento mais puro
que nos transforma,
mediante aquilo que o ouvido gosta
de pensamento limpo
encantados pela emoção

Há mesmo até quem se esconda
num sentimento aparentemente,
distante
bom,
mas apenas como maneira de suportar
um quotidiano cruel
numa ambição de sentir a interior liberdade
aquela que nos fortalece
encoraja o viver
e nos recupera para mais uma doença
que nos intriga,
o stress!

Autoria: Lúcio Balula Júnior

segunda-feira, novembro 27, 2006

Sentimentos repentinos

Por vezes olho,
olho para alguém
que caminha num lugar perto do meu,
alguém que surge na minha vida
e desaparece,
é gente que porventura sinto
é um ser de que gosto
na beleza visão,
uma daquelas musas
portadoras de um encanto,
capazes de no campo
serem o verde manto,
característica apreciável
lá para os lados do sentimento
enfim,
verdadeiras estrelas cadentes
que cintilam nas brechas da vida
que por momentos vemos
e nos momentos seguintes não recordamos!


Autoria: Lúcio Balula Júnior

quarta-feira, novembro 22, 2006

Estados de humor

Perguntei ao tempo,
se de ti vinha bom vento
se as ondas do mar hoje iam acalmar,
em tempos cheguei a pensar
que um dia ias parar
mas nunca de me amar

Cheguei a pensar
se seria eu a ter mudar,
deixar-te tomar aquele que é o lugar de comandar,
equivoquei-me,
e senti o transtorno de te querer,
senti o transtorno de contigo ter de viver
mas nunca o transtorno de te amar
e nunca o arrependimento de me apaixonar!

Autoria: Lúcio Balula Júnior

quarta-feira, novembro 15, 2006

Lisboa, Lisboa

Lisboa
capital da lusofonia
és terra de muito sol,
sítio de gente boa
onde soa a oportunidade
onde se ouve a liberdade,
terra que sente a humanidade

Em Lisboa sente-se o ser ocidental
no rumar dos dias em Portugal ainda pouco banal
apesar de uma procura célere
mas nunca fácil de alcançar,
o tal lugar à beira mar que parte do mundo ainda espera agarrar!

Lisboa é bela,
a mais bela estrela
de um céu que se chama Portugal,
onde perdura
uma quase eterna arquitectura
fonte de paixão
rainha da emoção!

Autoria: Lúcio Balula Júnior

terça-feira, novembro 14, 2006

As palavras que nunca te direi

Quando por ti passava não sabes o que sentia
quando contigo sonhava
nem queiras saber do que se tratava,
para mim tu eras o azul do mar
a luz do sol trazida pela lua
o verde da natureza
a pureza de um ser
que queria ser eu a ter
e a transformar
num mundo só meu
e só teu,
não sei o que me faltou,
talvez uma certeza
talvez uma alegria
que faltava cada vez que a gente se cruzava,
trazida por um constrangimento de uma alma que ambicionava agradar-te
seduzir-te
e transformar-te no mundo dele,
é dor, mágoa
o que me invade cada vez que te vejo passar,
em tempos julgo que fora capaz,
que fora capaz de amar alguém num eternizante amor
sem dor,
superada pela calor do amor,
mas agora já não sei,
parece que aquele sentir faleceu
no momento em que o nosso possível amor se perdeu!

Autoria: Lúcio Balula Júnior

domingo, novembro 12, 2006

Mangualde e a Saudade

Há uma terra fria
de colinas próximas da Estrela
que me aquece
e que e que me diz que a vida apetece

Aquela serra de seu nome Estrela
que se avista naqueles montes
é a cor branca no Inverno
e castanha no verão
trazida pelo calor próprio daquela estação

O que me aquece é a amizade
amizade de um passado com bondade
que sinto cada vez que estou longe,
é saudade,
é saudade que não passa
enquanto a vista não olha aquilo que é mangualdense,
aquilo que eu sei que me pertence!!!

Autoria: Lúcio Balula Júnior

sábado, novembro 11, 2006

O recuperar e transformar o passado

Já me esqueci,
já não sinto a dor do passado,
o tempo cura,
cura alguém que esteve cansado
e o amor perdura
mesmo quando em tempos quase morreu de secura

O tempo da amargura
instigado,
mal amado
por falta de ternura
já lá vai,
pressinto um novo rumo
uma relação com prumo,
elegância
mas não apenas de circunstância

Desta vez serei dissemelhante
serei muito menos aquele ser galante
que em tempos te trouxe um bem-querer,
uma beleza
perdida por ti no perfume
sobretudo naquele que vem do ciúme!!!

Autoria: Lúcio Balula Júnior

sexta-feira, novembro 10, 2006

A incerteza de alguém sentida por mim

Há um ano que te conheci,
ainda hoje me lembro o que senti
ainda hoje sei o que sentis-te,
afeição eu vi!
Afeição eu vi no teu olhar
afeição eu vi no teu falar
senti o teu querer
e sei que lá no fundo,
lá no fundo não me queres fugir
mas um medo invade-te sempre que me tencionas tocar
embora saibas que o que sentes o vai permitir
por vezes quase te deixas levar,
não gostas de magoar
e aleijas-te,
aleijas-te apenas porque te recusas a rejeitar aquele que não mais queres tocar.
Por vezes no passado quando passavas
cheguei mesmo a pensar que ias mudar
mas não,
mergulhas-te nas profundezas da amizade
sentes a bondade
a sensibilidade
e perdes-te na insatisfação,
um dia dirás que tenho razão,
mas enfim,
memórias
histórias
no futuro amargura
sabes quanto tempo um sentimento dura?!...

Autoria: Lúcio Balula Júnior

quarta-feira, novembro 08, 2006

Saudade

Depressa vieste,
depressa partiste
ainda me lembro do teu primeiro olhar,
ainda me lembro do nosso primeiro local p`ra namorar!

Nunca me esquece,
aquele dia em que te vi chegar
era verão,
Julho um mês de encantar
sobretudo lá para os lados do bar

Nas noites mil aventuras
umas escuras
outras não
mas em todas uma forte expressão
paixão
ou talvez não!

Desde em então,
uma tristeza
e nunca mais uma certeza
não sei se p`ra ti voltarei ou não!!!

Autoria: Lúcio Balula Júnior

terça-feira, novembro 07, 2006

A união dos mares, outrora um só mar

Um mar
dois oceanos
dois oceanos que outrora eram um só,
unidos por um desejo quente,
com uma só corrente,
fluente
convergente no sentido ascendente,
um dia segregados
como a América segregou o Pacífico e o Atlântico,
ânsio um passado,
ânsio um futuro
um futuro onde a lua influi a união
para que prossigamos na paixão,
num sentimento de oásis
longínquo do presente,
um oceano
um mar
uma corrente resplandecente
num só sentido certamente!

Autoria: Lúcio Balula Júnior

quinta-feira, novembro 02, 2006

Naquele tempo

Naquele tempo
as cores do céu brilhavam
a luz da lua cintilava
e calor da alma acontecia,
e sinto que era o meu tempo
o teu tempo
um momento de alento para mais um novo tempo,
não sei,
não sei o que passou
o frio da alma surgiu
a inspiração baixou
e o mundo não mais parou

Naquele tempo
o imaginar era viver
esse era muito do nosso ser,
éramos um só,
onde as meras opções da vida não nos cansavam
eram apenas mais um pretexto do tempo
mas o momento éramos apenas nós,
enfim,
memórias de um passado,
gasto, não esquecido!!!
mas eu sei,
que depois de um passado rico
serás tu de novo,
a força emergente de mais uma pequena parte de povo
nós!!!
Sentes, sentes o que sinto!?
É por ti, o calor do amor
a minha alma sem ti não tem cor!

Autoria Lúcio Balula Júnior